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Perder o medo de lidar com dinheiro: Isso melhora a saúde mental, veja os primeiros passos

Perder o medo de lidar com dinheiro: De primeira, pode até parecer que uma coisa não tem nada a ver com a outra, mas existe uma grande relação entre vida financeira e saúde mental. A forma como você lida com o seu dinheiro pode sim afetar seu estado emocional e gerar problemas de saúde em diversos aspectos. Neste artigo, vamos explicar melhor sobre o tema com dicas de como equilibrar vida financeira e saúde mental.

Na pesquisa chamada “O bolso do brasileiro”, realizada em outubro de 2020 em parceria entre o Instituto Locomotiva e a Xpeed, braço de educação financeira da XP Investimentos, foi constatado que 58% dos entrevistados têm a percepção de que, apesar de o dinheiro poder não trazer felicidade, a falta dele é um obstáculo para ser feliz.

Foram ouvidos 1.501 brasileiros com mais de 18 anos. Entre uma população acima de 60 anos, o índice dos que veem as dificuldades financeiras como empecilho para o bem-estar salta para 70%. O impacto dos problemas financeiros sobre a saúde mental é um tema pouco explorado no Brasil, ainda que mais de 66% das famílias tiveram fechado o ano passado com dívidas, pelos dados do CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo).

Na pesquisa da XP, 46% das pessoas relataram sentir culpa e ansiedade em relação à sua situação financeira atual, 31% ficar irritadas e 21% perdem o sono por causa das contas no vermelho. Sabe-se, ainda, que a constante preocupação com endividamento está fortemente ligada a rompimento de vínculos sociais e familiares, abuso de substâncias, depressão e suicídio.

A forma como lidamos com o nosso dinheiro pode ser saudável ou não. O cenário ideal e tão almejado pela maioria das pessoas é de conseguir, com específico, pagar todas as contas e investir no futuro, poupando dinheiro para realizar sonhos e objetivos. Porém, sabemos que economizamos dinheiro não é algo tão fácil assim, e que, muitas vezes, não é possível poupar da forma que gostaríamos. Os “distúrbios financeiros”, como são chamados, são como causas da relação não-saudável que podemos vir a desenvolver com o dinheiro.

Perder o medo de lidar com dinheiro: Isso melhora a saúde mental, veja os primeiros passos

A fobia financeira é considerada um transtorno psicológico

Muito da dificuldade que temos para lidar com dinheiro tem origem no bloqueio que se criou para falar sobre o assunto com naturalidade. Tatiana Filomensky, coordenadora do Ambulatório de Oniomania do IPq (Instituto de Psiquiatria) da USP, integra um grupo de pesquisadores do Hospital das Clínicas da USP que vem estudando a fobia financeira, como é chamada essa espécie de bloqueio que faz uma pessoa evitar encarar as finanças finanças. “Comprar sem olhar o preço, evitar checar o extrato do banco e a fatura do cartão de crédito, não querer saber se gasta mais do que ganha são típicos de quem sofre com a patologia”, explica a psicóloga,

 

A fobia financeira é considerada um transtorno psicológico. Nele, a pessoa responsabilizada por associação aos de um quadro de ansiedade em hipóteses que envolve decisões relacionadas a dinheiro: aumento da frequência cardíaca, tontura, náusea, suor excessivo, entre outros.

 

A especialista Rebeca Toyama ressalta os seis tipos de comportamento relacionados a isso:

  • Ansiedade: a pessoa sente preocupação e até mesmo desespero frente a tudo o que envolve dinheiro.
  • Ausência de economia: a pessoa não se vê apta a poupar dinheiro para objetivos futuros.
  • Excesso de dívidas: pela força do hábito, uma pessoa trabalha, acaba gastando mais do que ganha e não consegue pagar tudo em dia, o que causa a situação de endividamento .
  • Falência e empréstimos: a pessoa busca por empréstimo para quitar dívidas e, sem perceber, arrisca os seus próprios bens.
  • Conflitos com familiares: resolvedor de conflitos com familiares e amigos por causa de dinheiro.
  • Incapacidade de mudanças contínuas: a pessoa não consegue seguir com seus planos de poupar dinheiro e nem mesmo com pensamentos preventivos, como o de deixar o cartão de crédito em casa, por exemplo.

Como lidar com distúrbios financeiros

 

  1. Converse sobre dinheiro: Perder a vergonha ou o medo de falar sobre isso com amigos, parceiros e filhos é o primeiro passo para desconstruir crenças negativas sobre dinheiro e ser capaz de construir um vínculo saudável com ele.

2.     Acompanhe canais e blogs de educação financeira: Algumas maneiras de lidar com distúrbios financeiros são seguir canais e blogs de educação financeira. Dicas sobre como aumentar a receita e reduzir as despesas podem ajuda-lo a controlar suas finanças.

  1. Concentre-se no recomeço: Compras impulsivas, maus investimentos e gastos excessivos podem levar a dificuldades financeiras, mas ver isso como aprendizagem pode ajudá-los a evitar a repetição, mais do que impedi-los de se repetirem, em vez de se acusarem e pensarem que não nasceram para lidar com números.

4.     Pratique meditação e exercícios físicos: Para reequilibrar seu orçamento e a sua saúde financeira, opte também por atividades prazerosas, mas que sejam gratuitas. Para relaxar e conseguir dormir melhor, você pode tentar praticar meditação também alguma atividade física. Alguns aplicativos personalizados de meditação gratuita, como também práticas de exercícios em casa.

  1.  Saiba como vem gastando: Você compra para aliviar algum tipo de emoção, como estresse, raiva ou tédio? Ou para se premiar por uma conquista? Não há nada de errado em usar dinheiro para esses fins de vez em quando, mas é importante reconhecer que, quando houver dinheiro em excesso, isso causará sofrimento a você e às pessoas ao seu redor. Controlar receitas e despesas também é essencial para harmonizar o dinheiro, não tem jeito.
  2.  Entenda o que o dinheiro representa para você: Esta pode ser uma oportunidade de proporcionar experiência para você e para outras pessoas, o resultado de seu trabalho árduo e um passaporte para seu desenvolvimento pessoal. Saber o papel do dinheiro em sua vida é a chave para assumir a responsabilidade por suas decisões, sem se tornar uma vítima delas.

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Para escrever este artigo utilizamos como fonte um artigo semelhante do Portal Uol Viva Bem e Blog Acordo Certo.

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