Quando se entra no endividamento uma das piores consequências disso é arcar com juros ao longo do tempo. Mas saiba que em determinado tempo será necessário sim quitar a dívida, e o mais rápido possível.
Existem muitas formas de amortizar a dívida, sendo que cada um desses sistemas de amortização possui suas próprias características e também suas vantagens e desvantagens, pontos os quais serão tratados a seguir.
O que é amortização de dívida
A amortização da dívida se dá pelo processo pelo qual se inicia uma redução do valor total devido de um empréstimo. Isso é feito através de pagamentos que devem exceder o valor do juros do período. Sendo assim, o devedor deverá pagar pelos juros do valor inicialmente devido adicionado de outro montante, o qual será responsável por amortizar parte do valor devido da dívida.
Para conseguir entender melhor como a amortização de dívida funciona, é necessário compreender que a amortização tem dois pilares, que são: Valor principal que foi liberado no empréstimo e o Juros que foi se formando com o passar dos meses.
Imagina que uma pessoa solicita um empréstimo, todo mês ela paga o juros em cima do valor principal. Com isso, não existiria amortização. Isso porque o valor da dívida vai ser sempre o mesmo, e o que a empresa estaria pagando mensalmente seria somente o juros e não amortizando (diminuindo) o valor total da dívida.
Por isso é importante mencionar que a amortização da dívida só deve acontecer quando o valor da prestação for superior ao valor dos juros calculados naquele período. Pois dessa forma o tomador do empréstimo estaria amortizando o juros e também parte do empréstimo.
FGTS para amortizar a dívida
Dando uma breve explicação, o FGTS significa Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. Trata-se de um fundo criado pelo governo para servir como reserva para o trabalhador. A responsabilidade de pagamento mensal é do patrão e obrigatoriamente deve ser realizada na conta de FGTS do trabalhador. Essa conta será aberta diretamente com a caixa. O valor será o correspondente a 8% do total bruto das verbas salariais recebidas pelo empregado (salário, horas extras, adicional noturno, entre outras). Para quem é jovem aprendiz, o percentual é reduzido para 2%.
Veja as possibilidades de amortização da dívida:
Amortização ou liquidação do saldo devedor
O saldo do FGTS pode ser usado para quitar totalmente ou amortizar a dívida, tanto para contratos firmados no âmbito do Sistema Financeiro Habitação (SFH) como para contratos firmados a partir de 12/06/2021, no Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), cujo valor de avaliação do imóvel objeto do financiamento esteja dentro do limite estabelecido para o SFH.
Para esse uso é importante saber que existe um intervalo mínimo de dois anos para poder utilizar novamente o FGTS e abater o saldo devedor. Porém, não há limite de quantas vezes você poderá usar, basta estar de acordo com o valor disponível no seu FGTS.
Pagamento de parte do valor das prestações
Você pode usar o FGTS para diminuir em até 80% o valor das prestações em 12 meses consecutivos, tanto para contratos firmados no âmbito do Sistema Financeiro Habitação (SFH) como para contratos firmados a partir de 12/06/2021, no Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), cujo valor de avaliação do imóvel objeto do financiamento esteja dentro do limite estabelecido para o SFH.
Nesse caso, o valor do FGTS será dividido em 12 e o valor resultante será o quanto cada parcela será reduzida, respeitando o limite de 80%.
Para ficar mais claro, observe o seguinte exemplo:
Valor da parcela: R$1.000
Saldo disponível no FGTS: R$10.000,00
10.000/12 = 833
Regras para usar o FGTS no financiamento imobiliário
- Ter pelo menos três anos de carteira assinada sob regime do FGTS (não necessariamente anos consecutivos).
- Não pode ter outro financiamento ativo no Sistema Financeiro de Habitação.
- Não ser dono de outro imóvel residencial na cidade onde mora ou trabalha. Por exemplo, se tem uma casa no Rio de Janeiro, não poderá comprar outra, mas se quiser comprar outra em São Paulo, aí não terá problema.
O FGTS também não pode ser utilizado para:
- imóvel comercial;
- imóvel rural;
- reformar ou aumentar seu imóvel;
- comprar terrenos sem construção ao mesmo tempo;
- comprar material de construção;
- imóveis residenciais para familiares, dependentes ou outras pessoas.
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Não há resposta pronta nem certa para esse questionamento. Tudo depende da situação financeira e dos objetivos da pessoa.
Ao amortizar o saldo devedor, o valor das parcelas não é alterado. Você continuará pagando o valor integral, porém o valor total da dívida e o tempo de financiamento vão diminuir. Assim, você ganha no longo prazo!
Ao reduzir o valor das parcelas, o tempo do financiamento não se altera, mas pode aliviar o orçamento por alguns meses, uma vez que até 80% do valor de cada parcela mensal será abatido. Assim, você ganha no curto prazo!
Uma coisa é fato: se você está com o orçamento desequilibrado, correndo risco de se endividar, a melhor estratégia é reduzir o valor das parcelas mensais. Diminuir o comprometimento da renda por um tempo (mesmo que só por 12 meses) pode ajudar você a manter as contas em dia, o nome limpo, o Score, com boa pontuação. Pense nisso antes de tomar a decisão!
De qualquer forma, se estiver precisando de ajuda a equipe da B&G ficará feliz em ajudar a recuperar sua saúde financeira.